Durante discurso contundente na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta quarta-feira (16), o deputado Diego Guimarães criticou severamente o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, por sua inacessibilidade diante da grave crise enfrentada pela população.
“Secretário Gilberto, se você não atende a ligação e não responde à mensagem de um deputado, a quem o seo Joaquim, lá em Guarantã vai recorrer? Ele não tem a quem recorrer”, protestou o parlamentar, revelando que tenta contato com o gestor da saúde desde sábado, sem retorno.
Além da falta de diálogo, Guimarães expôs um cenário de colapso silencioso: falta de leitos, medicamentos, informações básicas e respostas rápidas por parte da Secretaria. “A saúde está resumida a propaganda e prédio bonito. O dinheiro existe, mas não chega na ponta, onde o povo realmente precisa”, disparou.
O deputado declarou apoio imediato à CPI da Saúde, já em tramitação na Casa, e cobrou mais respeito à população:
“Não se pode tratar vidas como se fosse número de planilha de Excel.”
TCE-MT aponta irregularidades e fragilidades na Saúde
Enquanto isso, o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) tem desempenhado papel decisivo na fiscalização da aplicação dos recursos públicos da saúde, revelando falhas recorrentes e graves inconsistências na gestão estadual.
Os relatórios técnicos do TCE-MT — produzidos com base em auditorias, inspeções in loco e análises de contratos — apontam problemas como:
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Contratos firmados sem licitação, com indícios de direcionamento;
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Repasse de recursos sem critérios claros e objetivos;
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Gastos milionários com estrutura física (construção e reforma de unidades), mas com desempenho precário na assistência ao cidadão;
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Falta de controle sobre os serviços prestados por organizações sociais (OSs) contratadas para gerir hospitais;
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Demora na regulação de leitos e ausência de indicadores de desempenho atualizados;
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Ausência de transparência e prestação de contas sobre compras emergenciais e UTIs temporárias.
Conselheiro Antônio Joaquim cobra eficiência e responsabilidade
Relator das contas da Secretaria de Estado de Saúde, o conselheiro decano Antônio Joaquim tem sido uma voz técnica firme no TCE-MT. Com sua longa trajetória no controle externo e reconhecida atuação institucional, ele tem cobrado ações concretas para corrigir falhas estruturais e assegurar que os recursos públicos cumpram seu papel: salvar vidas.
“Não se trata apenas de apontar erros. É preciso garantir que a gestão da saúde seja eficiente, transparente e orientada para o cidadão. Recursos não faltam, o que falta é boa aplicação e planejamento sério”, afirmou o conselheiro em decisões recentes.
Sob sua relatoria, o TCE-MT já determinou tomadas de contas especiais, recomendações formais ao Governo do Estado, abertura de processos de responsabilização de gestores e reforçou o alerta sobre a disparidade entre o investimento declarado e o resultado entregue à população.
O conselheiro também vem articulando medidas com os demais órgãos de controle, como o Ministério Público de Contas (MPC) e o Ministério Público Estadual (MPMT), visando uma atuação integrada no enfrentamento do descalabro na saúde pública.
Enquanto o governo investe em marketing institucional, o TCE-MT, sob a relatoria do conselheiro Antônio Joaquim, trabalha com seriedade, técnica e compromisso com o povo mato-grossense.
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